Acidentes ocorrem quando menos esperamos. Por conta disso, a Norma Brasileira Regulamentadora 9077 (NBR 9077) foi criada para que, na hora do desespero, sejam evitados maiores desastres durante situações emergenciais.
A Norma estabelece as condições essenciais para garantir a segurança da população em casos de incêndio, assegurando sua integridade física e facilitando o acesso rápido de auxílio externo, como o Corpo de Bombeiros.
É um documento extremamente importante para a segurança em edificações.
Ao fixar padrões para as saídas comuns e de emergência, a norma busca atender aos objetivos de evacuação segura e acesso eficiente para o combate ao fogo. Confira abaixo!
O que é a NBR 9077?
A NBR 9077 é uma norma técnica brasileira estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Publicada originalmente em 1983 e sujeita a revisões ao longo do tempo.
Essa norma especifica as medidas que devem ser adotadas em saídas de incêndio para garantir a segurança da população presente em edificações.
Seu principal objetivo é assegurar que as pessoas possam evacuar as edificações de forma segura em situações de emergência, preservando suas integridades físicas.
Além disso, a NBR 9077 busca facilitar o acesso das equipes de bombeiros para prestar assistência.
A norma 9077 aborda especificidades como:
- dimensionamento de rotas de saída;
- sinalização de emergência;
- iluminação de emergência;
- resistência ao fogo;
- requisitos para portas corta-fogo;
- treinamento e planejamento de evacuação.
Entre outros aspectos relacionados à segurança em casos de incêndio.
Quais são os itens de segurança mencionados na NBR 9077?
A NBR 9077 aborda diversos itens relacionados à segurança em edificações, especialmente focados em saídas de emergência e prevenção contra incêndios.
Alguns dos principais itens de segurança abordados na norma incluem:
Escadas;
Em caso de incêndio, as escadas são a rota de fuga mais segura. A NBR 9077 elenca três tipos de escadas: a convencional, a protegida e a enclausurada.
A escada convencional é utilizada em residências de até 15m. A NBR específica graus com medidas padronizadas (altura máxima de 17cm, profundidade mínima de 28cm, largura mínima de 1,6m para hospitais e 1,2 para outros edifícios, etc.), lances retilíneos, piso antiderrapante, corrimãos obrigatórios e distância máxima a ser percorrida (15m em residências e 25m em edifícios comerciais).
A escada protegida é utilizada em edifícios de 15 a 60m de altura. Além das normas aplicáveis às escadas convencionais, a NBR 9077 inclui requisitos como: revestimento de paredes capazes de suportar até 4 horas de fogo, proibição de uso para armazenamento, exigência de iluminação de emergência e portas que abrem para fora.
As portas presentes em escadas protegidas não precisam ser do tipo corta-fogo, contudo devem ser acompanhadas da instrução “EM CASO DE EMERGÊNCIA, QUEBRE O VIDRO”. Uma outra diretriz relevante é que mais de uma escada deve ser instalada caso a área de pavimento seja maior que 500m².
Por último, a escada enclausurada deve ser utilizada em edifícios com altura superior a 60m. Ela deve ser protegida contra fumaça e ser resistente ao fogo por pelo menos 4 horas.
Essas escadas devem permitir acesso a todos os pavimentos úteis, possuir antecâmaras para dissipação de fumaça e as portas de acesso devem ser feitas de material corta-fogo com resistência mínima de sessenta minutos ao fogo.
Saída de Emergência em Edificações;
Conforme estipulado pela NBR 9077, a saída de emergência é um caminho contínuo protegido por dispositivos de saída como corredores, escadas, rampas e portas corta-fogo.
As portas corta fogo são elementos cruciais nesse contexto, pois garantem a segurança e proteção dos ocupantes durante a evacuação.
Elas são meticulosamente projetadas para resistir ao fogo e ao calor, proporcionando uma rota segura para as saídas de emergência.
Já as saídas de emergência são dimensionadas com base na população presente no edifício.
Para isso, é realizado um cálculo para definir a largura das saídas, utilizando a seguinte fórmula: N = P/C
Sendo “N” a quantidade de passagens; “P” a população estimada e “C” a capacidade da unidade de passagem (quantos indivíduos atravessam a unidade no período de um minuto).
Contudo, a norma determina quais são as larguras mínimas a serem empregadas. São elas: 1,10m para duas unidades de passagem e 55cm para ocupações em geral.
Especificamente para hospitais e casas de saúde, deve-se adotar pelo menos 2,20m, para possibilitar a passagem de macas, camas e outros equipamentos.
As portas que compõem as saídas de emergência devem atender a critérios específicos, como não diminuir a largura em determinados ângulos de abertura.
Portanto, quando um projeto exige uma porta corta-fogo, é fundamental que ela esteja em conformidade com as normas e padrões exigidos.
Sendo assim, a fabricação dessas portas corta-fogo deve considerar a fórmula mencionada anteriormente para garantir o cumprimento dos padrões de segurança.
A norma 9077 também aborda o número mínimo de saídas exigido para diferentes tipos de ocupação, considerando altura, dimensões em planta e características construtivas da edificação.
Fita Antiderrapante;
Conforme as diretrizes da norma NBR 9077, é exigido que as escadas e rampas de saídas de emergência apresentem superfícies antiderrapantes.
Em situações em que certos tipos de revestimento não atendem aos critérios mínimos de aderência, é aconselhável adotar soluções alternativas, como o uso de fitas antiderrapantes.
Além disso, acidentes relacionados a escorregões e quedas são uma das principais causas de lesões, e implementar a fita antiderrapante é uma ótima medida para mitigar esses riscos.
Corrimão;
O corrimão assume o papel de proteger e dar apoio a indivíduos durante a subida ou descida em rampas e escadas. A norma estipula diretrizes como: a altura do corrimão deve estar entre 80 a 92cm acima do piso, medido a partir do 5º degrau; em locais como escolas, são permitidas alturas diversas; deve facilitar um agarrar fácil e contínuo; deve suportar 900 N vertical ou horizontalmente.
Além do corredor comum, a NBR 9077 estabelece diretrizes particulares para corrimãos destinados para pessoas idosas ou deficientes físicos, indicando que devem dispor de uma passagem especial com 69 centímetros entre os corrimões e conter proteções como balaustradas ou guarda-corpos para evitar acidentes.
Estes são os corredores intermediários, os quais devem ser incluídos em escadas com largura superior a 2,20m.
Guarda Corpo
Na norma, o termo guarda-corpo é definido como uma barreira vertical, sólida ou não, que funciona como uma barreira em laterais de diversas estruturas, como escadas, rampas, patamares, terraços, entre outros. Essa barreira atua como uma proteção contra possíveis quedas entre diferentes níveis.
Em resumo, todas as saídas de emergência devem ser protegidas por guardas contínuas quando há desnível superior a 19 cm. Internamente, as guardas devem ter altura mínima de 1,05 m ao longo de patamares, corredores e mezaninos, podendo ser reduzida para 92 cm em escadas internas.
Para escadas externas, balcões e áreas a mais de 12,00 m acima do solo, a altura mínima das guardas é de 1,30 m. As estruturas envolvendo saídas de emergência devem ser projetadas para resistir a cargas transmitidas por corrimãos e suportar forças horizontais específicas (730 N/m aplicada a 1,05m de altura).
Leia também: Porta corta fogo industrial: quais são os tipos?
Resumo da NBR 9077
Certificar que sua construção esteja de acordo com a NBR 9077 é fundamental para assegurar um edifício seguro e preventivo contra maiores acidentes em caso de emergência.
Como vimos, a norma aborda diversos tópicos importantes, incluindo:
- Medidas que devem ser adotadas em corredores, escadas e portas, as quais devem estar de acordo com a capacidade de ocupação do local.
- Sinalizações claras e visíveis nas saídas de emergência, garantindo que seja possível encontrá-las facilmente, mesmo em casos em que haja pouca iluminação.
- Resistência a fogo em itens como portas, paredes e pisos.
- Estabelecimento de requisitos para proteção contra quedas em escadas, rampas, patamares, entre outros.
Mas a NBR 9077 vai além das aplicações físicas, abrangendo aspectos como treinamento dos ocupantes e planejamento para evacuação.
Agora que você conhece mais sobre os sistemas de segurança que a norma contempla, pode se atentar a execução correta dela, facilitando o trabalho do Corpo de Bombeiros e evitando problemas durante uma possível emergência.
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